dezembro 26, 2009

Para o Reveillon



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Menos do Mesmo



Pense em ser diferente e fique rico, pense em ser o melhor e fique frustrado.

100% das inovações acontecem porque as pessoas estão p da vida com alguma coisa. Mudanças não tem nada a ver com análise de mercado, estratégia e planejamento.

Querida(o) Amiga(o),

Você já deve ter visto aquele famoso comercial de televisão onde a Pepsi pede para as pessoas beberem de dois copinhos brancos marcados apenas com as letras A e B. Em um dos copinhos as pessoas tem Pepsi no outro as pessoas tem Coca Cola. Após experimentar os dois copinhos, as pessoas - sem saber qual é o copinho de Coca e qual é o copinho de Pepsi - escolhem a Pepsi (pelo menos é o que aparece no comercial da Pepsi). No final do teste, a Pepsi anuncia, "Tá vendo, a voz do povo é a voz de Deus, e a voz do povo tá dizendo que Pepsi é melhor que Coca Cola". No teste do quem é o melhor, a Pepsi faturou, mas, no teste da rua, do boteco, do restaurante, do supermercado, quem ganha sempre é a Coca Cola. Apesar do esforço centenário da Pepsi em virar o jogo, a Coca Cola continua nadando de braçada nos tonéis de cola.

O erro da Pepsi é tentar ser melhor que a Coca Cola. Não vai rolar. Marketing não é sobre ser o melhor - tanto porque melhor é muito relativo. Marketing é sobre ser DIFERENTE.

Vence quem for PERCEBIDO como DIFERENTE e não quem for percebido como MELHOR.

Seja DIFERENTE! Tenha CORAGEM, e seja DIFERENTE; ainda que DIFERENTE signifique tecnicamente que você seja pior que o seu concorrente. Lembre-se: pior também é relativo.

Mesmo que o resto da empresa diga que o negócio é Six Sigma, benchmarking, qualidade, corte de custos, eficiência da máquina administrativa - nada contra essas práticas; se você quer liderar algum mercado, seja DIFERENTE.

No mundo das pessoas perfeitas o melhor produto talvez vença. O fato é que não vivemos no mundo perfeito (ainda bem), mas no mundo REAL, onde o melhor produto não ganha nunca. No mundo real quem ganha é quem é DIFERENTE.

Vou falar por mim.

1. O meu smartphone é o iPhone. Teoricamente ele não é mais barato que os coreanos, e nem tem todas as funções e botões dos finlandeses. E daí? Eu não me importo. O meu smartphone é e sempre será o iPhone. Por que? Porque ele é diferente. Ele tem uma lojinha na web chamada iTunes que é diferente da lojinha quadrada da Nokia; ele tem um jeito de manusear fotos e vídeos diferente de todos os outros. A expansão das suas funcionalidades é diferente de todos os modelos existentes. Até a caixinha do produto e o seu manual de instruções são diferentes de tudo que havia sido lançado até então no mercado de celulares. Enfim, o bicho é diferente em todos os aspectos. Não sei se é melhor ou pior, e não me importo com isso, uso porque é diferente.

2. O meu notebook é um Sony Vaio. Teoricamente ele não é barato que o note da Dell, ou melhor que o note da HP, não me importo com isso. Na hora da compra ele venceu porque tinha uma oferta DIFERENTE. Fiquei entre ele e o note da HP, mas ele venceu porque tinha 2 gigas de memória a mais, um disco mais rápido, um brilho maior. Se ele é o melhor da parada? Não sei, não interessa, não vou visitar o site dos caras para descobrir, eu comprei porque a oferta deles era diferente. Ponto.

3. Ontem eu papei a pizza da Oficina da Pizza na Vila Madalena. Os fãs do lugar adoram a pizza de lá, os mais fanáticos dizem que a melhor de São Paulo. Não, não é a melhor de São Paulo. E se for também não me importo, não dá para saber, não dá para medir. Eu fui lá porque a pizza de lá é diferente. No formato, no sabor, na aparência do lugar, na maneira que o garçom te serve. A música ambiente é diferente, a decoração do ambiente é diferente, o cheiro, as pessoas, tudo é diferente. O lugar é diferente, nem pior nem melhor, diferente. Mesmo porque a qualidade de uma pizza é diretamente proporcional ao tamanho da sua fome.

4. Dias atrás eu fui assistir ao badalado Inimigo Público com Jonnhy Deep. Na sala ao lado estava rolando um filme francês daqueles que são premiados em algum festival de Cannes por aí. Teoricamente, o filme francês sobre filosofia e questões da vida é melhor que um filme sobre gangsters. Mas e daí? Inimigo Público é dez. É melhor que o francês? Não sei, não me importo, esse não é o ponto. O filme é diferente. Filme diferente vence sempre.

5. O videogame do filho do meu amigo é o Wii da Nintendo. Os meus tempos de tarado por videogame (Megamania, Full Throtlle, Star Wars) já eram (pelo menos por hora), mas ainda assim eu sei distinguir um game graficamente melhor de um game graficamente sofrível. Os games do Wii são terríveis medíocres feios e chatos, mas estão dando uma lavada em vendas em cima dos games do XBox e Playstation 3 com seus gráficos melhores e de alta qualidade. Por que? Porque todo mundo quer saber o que tem de tão diferente nesse tal de Wii. É que nem com as sandálias Croc, que de tão diferente que eram, viraram febre mundial, e agora, sumiram.

6. A luminária que fica debruçada sobre o meu notebook é de uma marca xingue-lingue safada meio profissa comprada duas semanas atrás na C&C Materiais de Construção. Eu não comprei a luminária mais barata, ou a mais cara, ou a de melhor qualidade. Eu comprei a luminária que tem uma envergadura X que me permite debruçá-la sobre o meu notebook. A luminária é meio feinha, 40% mais cara que as outras que estavam em exposição, mas é diferente de todas as outras na sua capacidade de envergar (será que existe esse verbo? Não sei, mas é um verbo diferente).

É claro que eu encontraria luminárias mais baratas que a luminária que eu comprei no shoppping na C&C se eu tivesse investido duas horas do meu tempo para camelar no shopping da 25 de março. É claro que eu encontraria luminárias mais baratas que as luminárias da 25 de março se eu camelasse por duas horas no bairro do Brás. É claro que eu encontraria luminárias mais baratas que as luminárias do Brás se eu camelasse por duas horas na Santa Ifigênia. Mas quem é que realmente faz isso? Quem realmente esgota todas as possibilidades de comprar o produto mais barato antes de fechar uma compra? 0,5% da população? E ainda assim, podemos sempre encontrar opções mais baratas que as opções mais baratas.

Você sempre vai encontrar um peixe maior ou mais barato no oceano se você procurar. Mas eu simplesmente não tô afim de fazer uma peregrinação como essa para comprar uma luminária. Venceu quem tinha a envergadura diferente.

Vence sempre quem é DIFERENTE, e não quem é melhor.

A verdade é: EXISTE POUCA OU NENHUMA COMPARAÇÃO de produtos no ponto-de-venda. O cliente compara no máximo duas ou três características e olhe lá. Na grande maioria dos casos o cliente não entende nada do que está sendo falado pelo vendedor, pelo material do ponto de venda ou pela embalagem do produto. Na grande maioria dos casos o cliente escolhe o produto a partir de uma ÚNICA DIFERENÇA.

Nunca foi tão difícil comprar uma televisão. Veja o nome de um dos modelos de televisores em exposição nesse momento no Submarino: Televisor 29" Ultra Slim Line com Crystal Clear 29PT9467C Philips. Se o nome não ajuda, as especificações técnicas são um show de horror, confira: Smart Picture, Smart Sound, Imagens naturais expandidas em tela cheia 4x3, Entrada Vídeo Componente, Entrada S-Vídeo, Incredible Surround, Processamento de imagens 50Hz, 60Hz Analógico, Fácil de usar Controle Smart Picture e por aí vai.

Depois a Philips não entende porque iPod e iPhone vendem mais que os produtos deles.

A estratégia de ser melhor que o concorrente leva você a fazer seis coisas porque o concorrente faz cinco coisas.Leva você a oferecer seis lugares porque o concorrente oferece cinco. Leva você a vender por 98 reais porque o concorrente vende por 99 reais.

Pare de pensar sobre ser melhor que os outros. Vence sempre quem é DIFERENTE.

O melhor morre estressado, o diferente vive, cresce, sorri, respira e se diverte.

O mundo dos negócios é coisa para maluco. Seja maluco!

Aproveite o momento quadrado em que vivemos para ser maluco.

Estamos cercados de pessoas conservadoras. A juventudade de vinte e poucos anos é ultra conservadora. Pergunta para eles o que eles querem mudar, e você vai obter uma resposta do tipo, "eu quero mudar a versão do meu ipod, eu quero mudar o tamanho da televisão do meu quarto, eu quero mudar de nariz, de namorada, de carro".

Aproveite essa maré de conservadorismo em que vivemos que diz que devemos levar tudo com calma, sem provocar rupturas, desentendimentos, blá blá blá, e seja louco, maluco, esquisito, DIFERENTE.

Por onde começar?

100% das inovações que você vai provocar na sua vida vão acontecer porque você tá p da vida com alguma coisa. Mudanças não tem nada a ver com análise de mercado, estratégia e planejamento. Inovação, mudanças, tem a ver com RAIVA, SANGUE QUENTE. Steve Jobs tava p da vida com os fabricantes de CDs jurássicos por não terem a capacidade de inventar alguma coisa prática para ajudá-lo a carregar os milhares de CDs que ele tinha na sua casa; então ele foi lá e inventou o iPod.

Portanto, comece por mudar as coisas que te deixam p da vida.

O mundo em que vivemos tá muito quadrado. O discurso da direita é igual o discurso da esquerda que é baseado no discurso do centro. Os ambientalistas querem as mesmas coisas que os presidentes das instituições financeiras. O roqueiro cabeludo canta a mesma letra de corno cantada pela dupla sertaneja. O teu avô quer a mesma coisa que você. Até com a sogra você já tá concordando 100%. Para complicar, o bandido tem cara de polícia, o político tem cara de padre, o padre tem cara de político.

Que mundo chato!

Saudades dos anos oitenta. A década das Diretas Já, o único movimento de mobilização nacional que realmente conseguiu alguma coisa nas últimas décadas. Saudades dos anos oitenta; a década dos grupos musicais bregas que tinham alguma coisa interessante para dizer além de cantar música de corno. "Tô P da Vida" foi título de música cantada aos domingos no Faustão, Gugu e outros bichos. Se você não viu, confira o clip da música no site da BIZ.

Bom, deixa eu baixar a minha bola e tirar o meu time de campo. O negócio agora é teamwork, democracia, inteligência emocional, relações interpessoais, politicagem, tapinha nas costas, six sigma, flip chart, visão, missão, valores, planinho, tudo certinho, tudo combinadinho, tudo coloridinho.

Boa sorte para você! Eu quero ver qual será a bela desculpa que você vai dar ao seu filho quando ele te perguntar o quê você estava fazendo quando o Lula disse que o Sarney tinha que permanecer no Senado, e você concordou com o Lula.

Ou

Qual vai ser a bela desculpa que você vai dar para os seus filhos quando eles te perguntarem qual foi a inovação que você criou naquela "empresa que tinha que atender as necessidades dos clientes, colaboradores, trabalhar pelo bem estar social, desenvolver produtos de qualidade que atenda as necessidades dos nossos acionistas, visando o comprometimento de todos os nossos colaboradores com a excelência da execução dos nossos serviços embaseado pelos projetos coordenados pela comitê para assuntos que não tem nada a ver com nada".

A pergunta é: quais mudanças você deveria provocar no mundo perfeito que você vive?


Ricardo Magalhães - Biz Revolution

dezembro 21, 2009

Carta Aberta aos meus amigos em 2009 ... para 2010.

Por Thiago Ferreira dos Anjos

Belo Horizonte, 21 de dezembro de 2009.


Gostaria de evidenciar o quanto 2009 foi um ano bom apesar de todos os desvios e desencontros ocorridos, na qual aqueles que fazem parte de minha intimidade sabem. Neste ano que se finda sou grato a Deus por ter aumentado minha capacidade de apreciar e aprender conviver com os desencontros, confesso que nunca em minha historia passei por um momento tal conturbado e de forma tal sóbria. Claro que existiu em diversas vezes cansaço, um pouco de dor, mais tem uma paz que aparece do nada , e sem duvida vem de Deus.


Também gostaria de dizer que meu único projeto de vida para 2010, não é quantitativo, pois é único, mais no que tange qualidade também não sei se sou capaz de realizá-lo por inteiro(risos), acho que não, mais cabe a mim tentar. Meu projeto de vida para 2010 e tentar buscar primeiro o reino de Deus de todo o meu coração e meu entendimento, tendo em mente que o resto será acrescentado. Projeto ambicioso, pois eu sei o quanto sou falho e o quanto sou incapaz de realizar este projeto, mais sei também que Deus como um grande amigo ira me direcionar, e me mostrar a melhor forma de realizar tal meta da melhor forma possível.


Digo também que Deus já me deu as quatro primeiras estratégias para o começo desta caminhada, e a primeira é: Neste ano de 2010 creia em Mateus 25:31 a 46.

Quero encontrá-lo no olhar do oprimido, do que tem fome, do que esta preso, e não há melhor lugar para tal.


Em segundo, ame sua família: Lembre-se sua filha( tenho uma filhinha de 7 meses, linda!!!) cuide dela , não distancie, mostre para ela o quanto ela é importante, cuide de sua família, os ame com toda a sua razão, digo razão, pois o amor verdadeiro é uma decisão racional.


Em terceiro, mostre para os seus amigos e irmãos de caminhada, o quanto eles são e foram importantes para você, em todo tempo e em todas as dificuldades.

Passei parte de minha adolescência como um jovem muito orgulhoso e muito “independente”, hoje um pouco mais velho vejo o quanto isso é utópico e acima de tudo danoso para a alma, e pretendo continuar seguindo o conselho de uma musica do Los Hermanos, que diz;


“Eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz”


Ou seja, viver sem querer sempre a vitoria, entendendo que mais importante que vencer e ter com quem conviver.


Em quarto é ultimo lugar, quero continuar em comunhão verdadeira em uma igreja, sem se preocupar com as liturgias, e religiosidades. Pode paracer estranho esta opção estar em ultimo lugar, mais para mim, a unica forma de vencer isso que sempre foi um fardo, é estar entre os oprimidos, de bem com minha familia e com meus amigos. Isso me faz mais leve e melhor. Pode parecer estranho mais é um caminho para a vontade de Deus( digo ... para a vontade de Deus em minha vida).


Espero que em 2010, eu tenha o mesmo carinho e respeito de todos os que de uma forma ou de outra me estenderam suas mãos em 2009, espero em Deus que todas as coisas continuem a se resolver como tem sido, e espero acima de tudo que em 2010 possamos ter uma comunhão ainda mais forte e verdadeira, reforçando assim os laços e acima de tudo, reforçando a nossa força como corpo de Cristo.


Esta carta será enviada para todos os meus amigos como forma de gratidão e carinho.

Pensamento sobre o amor

"Não existe um investimento seguro. Amar é ser vulnerável. Ame qualquer coisa e seu coração irá certamente ser espremido e possivelmente partido. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, não deve dá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva-o cuidadosamente em passatempos e pequenos confortos, evite todos os envolvimentos, feche-o com segurança no esquife ou no caixão do seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro, sombrio, imóvel, sufocante – ele irá mudar. Não será quebrado, mas vai tornar-se inquebrável, impenetrável, irredimível. A alternativa para a tragédia, ou pelo menos para o risco da tragédia é a danação.
O único lugar fora do céu onde você pode manter-se perfeitamente seguro contra todos os perigos e perturbações do amor é o inferno."

C. S. Lewis em “Os Quatro Amores”

Via Blog Solomon 1

dezembro 20, 2009

QUANDO A VAIDADE, A AMARGURA E A PLATÉIA ENLOUQUECEM ATÉ GENTE COM POTENCIAL PARA O BEM...

Por Caio Fábio

QUANDO A VAIDADE, A AMARGURA E A PLATÉIA ENLOUQUECEM ATÉ GENTE COM POTENCIAL PARA O BEM...

Minha mulher estava lendo uma revista evangélica que me é enviada e o fazia em estado de perplexidade ante o artigo de uma pessoa considerada séria, e que dizia que apesar de o Neo-Pentecostalismo ser a expressão mais completa da total ausência do Evangelho, todavia, dizia ela, tem-se de admitir que tais movimentos têm promovido, com suas teologias de sucesso e prosperidades, um espírito de ascensão social, o qual, é inegavelmente positivo, segundo ela; para depois concluir que quem se opõe a tais coisas, sejam pessoa criticas, negativas e sem Graça e Misericórdia.

Então Adriana me leu o texto da revista...

Ao concluir disse mais ou menos o seguinte [com palavras e modos dela, que não são fáceis para mim o reproduzir com exatidão]:

Mas esta pessoa aqui não é séria?... Como ela pode estar tão vendida assim?... O que ela está fazendo é um desserviço ao Evangelho... Ela está jogando pra platéia... Está corrompendo a consciência dos frágeis... Ou não entendeu o Evangelho ou está em engano...”

Achei patético também... Deu-me pena...; mas depois muita compaixão.

O que a pessoa dizia era que se o fator sócio-econômico mostrar indicadores de ascensão social, então, mesmo que seja algo feito em nome de Jesus, mas que seja a própria antítese do Evangelho, pelo fenômeno do estimulo e resultado de sucesso no mercado [...]; sim, por tais realizações o anti-evangelho estaria justificado [...]; enquanto os que acusam tais coisas de serem os piores inimigos da Cruz de Cristo justamente por falarem em nome de Jesus aquilo de Jesus nada tem, são vistos como os negativos e sem Graça de Deus na vida.

O que a pessoa de fato dizia, simplificando, é que o critério mundano de ascensão sócio-econômico, tem supremacia em importância sobre o Evangelho; e, com isto, afirma também que o eixo de seu amor mudou da eternidade para o mundo, para o mercado, para Babilônia, em sutil abandono do amor pela Nova Jerusalém; ou seja: deixou de dizer seja feita a Tua vontade assim na Terra como no céu; e passou a dizer: Que o padrão da Nova Zelândia e do 1º mundo nos alcancem a qualquer preço, ainda que seja pela via de um estelionato para com Jesus e o Evangelho.

Ou seja: aquilo que é importante diante dos homens e que Jesus disse que é abominação diante de Deus, para ela passou a ser o critério superior para determinar se algo é positivo ou negativo, sem entender que a inversão de tal valor corrompe o ser, arranca toda esperança da glória de Deus do coração, e, literalmente [...] enterra a pessoa no pó da terra; e, sem que ela note, tal hiper-valorização dos fenômenos terrenos, acabam por expulsar os últimos resíduos de esperança do coração...

Um dia a pessoa acorda e já não é...

E mais ainda sobre o artigo da revista cristã:...tudo o que a pessoa dizia era em nome do Cristianismo, e nunca em nome de Jesus; sim, nunca em nome do Evangelho; e por uma razão: lá no fundo ela sabe que é impossível.

A gente pode nascer filho de Deus, e, de repente, sem sentir, virar neto do 13º Apóstolo, o Pai do Cristianismo, o Vovô Imperador Constantino. Esse é o poder corruptor da Religião [...]; e que eu conheço muito bem; com certeza bem mais do que ela; e há muito mais tempo e em intensidade e profundidade que ela não sonha sequer avaliar...

Com muito desejo de que a verdade não gere amargura, mas quebrantamento sincero [...] — desejo a tal pessoa e a todo aquele que advogue a mesma causa irreconciliável com Jesus e com o Evangelho, que a Palavra da Vida prevaleça sobre a Vida sem Palavra, mas apenas com moralismos, de um lado, e, de outro, com um desejo imoral de ver positividade onde Jesus só veria miséria, é que me despeço com amor Nele,

Caio

10 de novembro de 2009

Lago Norte

Brasília

DF

Via site Caio Fábio

dezembro 16, 2009

ACERCA DA AUSÊNCIA DE DEUS

Por Caio Fabio


Quando um Filho nasce pela primeira vez a alguém, em geral, o pai ou mãe logo sentem medo de não conseguirem criar aquela criança.

Com o tempo a gente aprende que não é assim, e que não se corre o risco de matar uma criança a menos que se não a ame e deseje, do contrário, todo pai e mãe sabem como criar um filho, evitando assim que morra de inanição.

Depois surgem as angustias da educação, do estabelecimento de limites, e, sobretudo, a vigilância ante a suposta autonomia da criança, que, agora, por saber andar, julga que pode caminhar sozinha para todos os lugares.

Assim, na medida em que o tempo passe, as crises paternas vão mudando de contornos.

Sim! Até que se chegue ao tempo no qual o pai tenha que deixar o filho ir; e tenha que aprender a não mais interferir como um dia fez; e, além disso, tenha que aprender a crer que assim como foi com ele, o pai, quando ainda era filho, assim será também com o seu filho, até que se torne um homem em plenitude; e, assim, entenda seu pai.

Desse modo, chega o tempo quando já não se fala com os filhos todos os dias e nem o tempo todo quando se viaja.

Sim! Pois, os pais aprendem com os filhos na lembrança de como nós mesmos [os pais] sentíamos em relação aos nossos pais, na mesma fase da vida, quando éramos apenas filhos.

Bons pais são os que amam com senso de propriedade, sempre incentivando o filho a crescer para ser homem e pai; e, por isto, também sempre praticando a sabedoria que mede palavras e intervenções, a fim de que o filho aprenda as tarefas de um homem pleno, e, assim, fique preparado para as dificuldades da existência.

Ora, assim é Deus, assim é o Pai!

Quando éramos meninos as sarças ardiam, as colunas de nuvens nos seguiam, as torres de fogo iluminavam as nossas noites, os mares se abriam, as aves se entregavam a nós como refeição, as rochas nos serviam águas, os rios se abriam, as muralhas caiam, o sol parava, os exércitos inimigos viam anjos ao nosso lado, relógios atrasavam em nosso favor, águas viravam vinho, peixes assaltavam nossas redes, ventos e ondas fugiam de nossa presença subitamente, via-se Deus andando sobre águas ao nosso encontro.

Entretanto, quando deixamos de ser meninos, foi porque a Cruz nos emancipou, e, assim, tivemos que aprender a sermos filhos sem a presença do Pai como manifestação óbvia; e, por tal razão, tivemos de crescer a fim de sustentarmos um testemunho de ressurreição que somente nós mesmos vimos pela fé; e, mais que isto: que somente nós julgamos ter a importância das coisas essenciais, assim como um filho adulto sabe o que é essencial entre ele e seu pai.

... Até que se cresce para a percepção de que a presença do pai não é algo que acontece porque o pai esteja se manifestando como presente. Sim! Pois, possivelmente, um bom pai se torne melhor ainda para o seu filho depois que se vá do que enquanto esteja presente.

Pai cresce para se tornar uma presença invisível, porém, inafastável!

Meu pai se foi; porém, jamais irá; visto que se deixou em mim com tamanha força, que sinto todos os dias a sua presença de amor e sabedoria; e, eu mesmo, muitas vezes, sinto que vou assimilando a sua semelhança de modo involuntário; muito mais hoje do que quando ele estava ao alcance do telefone ou de uma viagem de avião.

Ora, assim é com o Pai!

Houve tempos em que sem Sua manifestação mais óbvia eu não O via; e, assim, chorava.

Hoje sei que Ele é e está. Sim! Sei que Ele vive em mim; e isto me dá liberdade sobre os dias e as horas, visto que em qualquer dia ou hora Ele vive em mim; e, por isto, sempre estou possuído Dele, até quando o vale é o da sombra da morte.

Hoje quase nunca os mares se abrem ou as aves se matam como comida para mim. O sol também não pára. Os rios precisam ser atravessados. Os exércitos se acampam e ameaçam; e a vitória é apenas não temê-los.

Quando Jesus chamou Deus de Pai, Ele também nos dizia que o caminho do homem com Deus é como o caminho de um homem com um pai que seja bom. Isto nos limites de cada coisa e conceito de bondade.

Quando a sopa ou suco escorria da boca de meu pai na UTI, e eu dizia: “Paizinho, perdão. Derramou!”; e ele apenas sorria e dizia com a boca torta: “É assim mesmo!” — eu não poderia imaginar que, naquela simplicidade, ele estaria me dizendo o que vale e o que é para um homem que deixou de ser criança faz tempo; pois, de fato, a gente cresce para aprender que é assim mesmo.

Ora, feliz é o pai que ensina isso e que vive para praticar o que professa. Afinal, assim fazendo, ele próprio emancipa definitivamente o seu filho.

Desse modo, a sutil presença do Pai, que, muitas vezes, é até interpretada como ausência, é um sinal de que é tempo de crescer.

Nele, que nos ama conforme o sentido de nossa vocação,

Caio

17 de agosto de 2008

Lago Norte

Brasília

DF

Via site Caio Fabio

dezembro 09, 2009

Da banalização do culto

Por Will


Em muita coisa a igreja atual está distante da espiritualidade vivida pela igreja primitiva. Da oração ao conceito e a valoração da Santa Ceia, tudo está muito destoante - tenho cá minhas dúvidas quanto à originalidade da igreja atual diante de tamanha disparidade.

Nas igrejas Católica Apostólica Romana, Ortodoxa e Anglicana, o culto é voltado, no todo, para os sacramentos. A igreja Anglicana ainda caminha em Cristo, mas de maneira claudicante, entretanto, como sabido, as igrejas Católica Romana e Ortodoxa, morreram em todos os seus aspectos litúrgicos e práticos - por isso a reforma. Porém, nas igrejas histórico-reformadas o culto verteu-se para a liturgia e, principalmente, para a pregação, contudo, quando olhamos estas comunidades, logo percebemos a morte da liturgia do culto, algo sem vida, que, em sua maioria, não move ninguém a nada, a não ser a um estado de monotonia constante (com raras exceções).

O movimento evangélico atual enveredou o seu culto para o eu. Das músicas cantadas à pregação, tudo está voltado para o umbiguismo evangélico-pós-moderno, é um tal de: "Olha pra mim"; "quero te ver"; "livra-me"; "socorre-me"; "abençoa-me" e etc.; o objeto do culto evangélico, a muito não é a pessoa de Jesus - isso porque julgamo-nos seus únicos servos na terra, os guardiões da tabula redonda divina.

No atual movimento pentecostal até a suposta busca desenfreada por poder nada mais é do que uma tentativa de gerar um alívio momentâneo das dores existenciais, bem como, produzir um sentimento de renovação do Espírito dentro do crente - algo que começa e morre no culto (pura superficialidade); sendo que o poder derramado em Pentecostes fez como que os crentes escapassem às barreiras do mundo, quais sejam: étnicas, culturais, religiosas, filosóficas ou políticas.

Segundo as instruções do Apóstolo Paulo aos Romanos (Romanos 12: 1-8), o culto (reunião em comunidade) nada mais é do que uma extensão da vida e não vise-versa; portanto, se os cultos estão mortos, frios ou seja lá o que for, isto deve-se ao fato de que as vidas daqueles que o fazem estão em estado de putrefação.

Ainda não sou a favor de uma nova reforma coletiva da igreja atual; penso que existem, ainda que poucas, igrejas (comunidades) que, com muitas dificuldades, vivem o "espírito" da igreja primitiva tanto no que tange ao culto como à práxis cristã.

Contudo, o movimento evangélico atual, este sim - independente de denominações ou confissões –, em seu espírito, está carente de uma reforma e se ela não acontecer urgentemente, ou ele morrerá - isso não quer dizer que deixará de existir, mas que estagnará - ou será, se já não o é, como a Igreja de Roma, mais um apóstata a ser combatido. É por esse motivo - e outros tantos - que tornou-se tão urgente a revisão da função da igreja enquanto instituição: Será que ela (instituição) tem servido como reduto da igreja de Cristo, ou tem sido mais um instrumento de Satanás, a fim de alienar a igreja do Senhor?

Em Cristo, que é o único alvo do culto,

Will

Via Blog Celebrai

dezembro 07, 2009

Você ama a Deus?

Por Ricardo Gondim

Você me perguntou se eu O amava. Sim. Não hesito: amo a Deus com o que me resta de força, intuição e siso. Confesso não compreender o significado real desse verbo. Como soletrar amor? Como posso amar quem nunca vi? O que conheço de Deus para dizer tal coisa? Para piorar, nada sei sobre o amor.

Mas meu amor por Deus, por algum motivo, se alastra em minha alma. Saí das formulações categóricas a seu respeito. Desdenho das descrições metafísicas de uma filosofia medieval, do rigor dos catecismos beligerantes, das lógicas fundamentalistas. Empolgo-me com Deus porque já não o percebo com objeto de estudo. Ele não está lá, em algum recôndito espiritual, transcendental, paradisíaco, nirvânico, esperando ser adulado, pesquisado, definido. Percebo Deus na vida, com tudo o que ela tem de beleza e de horror. Vejo Deus nos verdes matizados da floresta, no vigor dos mares, na poeira que a bruma espalha, nas mudanças bruscas do tempo. Eu o intuo também nos rostos sofridos, nas festas alegres, nas derrotas desesperadas e nos triunfos espetaculares.

Meu amor por Deus, não sei explicar, enraíza-se em minha alma. Quebrei as réguas legalistas da religião, elas sobrecarregavam meus ombros; eram jugos que me azucrinavam. Eu vivia com paranóia. Não o tenho como o Grande Olho, que tudo vigia e tudo cobra. Despedi o Deus intolerante com as inadequações, iracundo com os tropeços de homens e mulheres que, apesar de tudo, lutam pela vida. Diante de olhos paternos, tabus e interditos abrandaram, culpas infundadas e autocomiseração manipulada enfraqueceram. A religiosidade da sofreguidão empoeirou-se em minha alma. Rasguei as cortinas que só vazavam a luz mortiça de um mundo espiritual cruel. Adornei o tabernáculo da minha espiritualidade com vitrais coloridos. Convidei músicos. Recitei poesia. Quero transformar meu culto em festa.

Meu amor por Deus, com segurança, se intensifica. Aprendi que ele não é um títere. Tardei, mas aceitei que a história não está escrita e selada. Resignifiquei a liberdade como desafio para a responsabilidade. Voltei as costas para a Divindade que atropela, misteriosa, que esconde desígnios, que manipula fatos e que usa as pessoas para satisfazer projetos gloriosos. A linguagem hermética da teleologia, os paradoxos da teodicéia, o anacronismo da doutrina da predestinação sumiram da minha rede de sentidos. Sinto-me livre para relacionar-me com o Dançarino. Ele me convida para ser seu par na valsa do grande baile universal.

Meu amor por Deus, agora sei, tornou-se mais inspirado. Distancio-me de chavões, reluto contra os clichês que já usei para me convencer de convicções que nunca possuí. Ciente de meus sentimentos irregulares, eu me escondia na linguagem piedosa. Ah, como tentava ostentar o que não era. Assumi a fragilidade de minhas certezas. Engatinho na leveza dessa relação com o Amigo mais chegado que um irmão. Reconheço que em determinados momentos meu amor não passa de puro sentimentalismo - que também se mistura com militância e racionalidade. Sou assim, mas eu me sinto sinto liberto e feliz de saber que aprendo a amá-lo do meu jeito, sem despersonalizar-me.

Soli Deo Gloria

Via site Ricardo Gondim