A rotina massifica as relações, acaba com o sagrado de cada momento e nos leva ao mundo dos sentidos daltônicos na qual a vida é vista por um olho em preto e branco.
A alma daltônica por sua vez, não vê motivações e nem sentido aparente para nada, pois o banal nunca carrega consigo um sentido sagrado, e sim um sentido trivial que com o tempo não faz o menor sentido, mais nem por isso deixa de existir.

Lutar contra a banalização de seus atos todos os dias, é lutar com a massificação de sua própria existência, e acima de tudo é lutar por uma metanóia autêntica, sem os vícios das religiões e impulsos inconscientes de uma sociedade que adora estigmatizar, e adestrar.
Nunca se esqueça os mesmos que receberam Jesus com ramos em uma festa digna do verdadeiro messias, foram os que após 3 dias o crucificaram, sem o mínimo de compaixão, piedade e principalmente motivo aparente. A banalização gera a massificação do entendimento que por sua vez é ferramenta de “bestialização”, nos transforma em animais irracionais capazes de matar e destruir só para que nada fuja ao nosso suposto controle.
Por isto que o caos gerado pela não motivação, pela alma daltônica é necessário, pois ele nos leva a repensar tal relação nos fazendo sempre enxergar, que o controle da rotina é quase sempre incontrolável.
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