setembro 26, 2009

Jesus era voluntário?

Por Thiago Ferreira


“E o verbo “se fez” carne e habitou entre nós......”
(João 1; 14)

Jesus era voluntário. Afirmo isso com base no que o evangelho de João diz a respeito de Cristo, ele afirma que o verbo “se fez”, ou seja, Cristo quis vir sem nenhuma imposição ou pedido do Pai, ele simplesmente disse eu sou voluntário.

Uma das definições de voluntário é; aquele que age espontaneamente. A decisão de amar feita por Cristo foi algo espontâneo, sem pressão. Foi em uma decisão sem pressão que o verbo SE FEZ, e desta forma decidiu não ser mais Deus como Deus, e passou a ser carne sendo Deus como Homem.

Quando Jesus toma a decisão voluntaria de ser Deus em carne ele demonstra a seu amor é principalmente a sua capacidade de ser o líder na redenção da humanidade. Deus precisava de um sacrifício sem medida, sem possibilidade de ter uma analise quantitativa, mais que representasse uma qualidade na qual abalasse toda a sistemática do cosmos, e isso foi representado no amor incondicional apresentado pelo voluntario Jesus Cristo.

Ser voluntario implica em ter um amor que não exige nada em troca, um amor despretensioso, pois um voluntário trabalho sabendo que o seu esforço não lhe rendera nada em valores quantitativos ($). Ser voluntario implica em ter um coração disposto a não ter expectativas com relação à gratidão, pois um voluntario trabalha sabendo que a maioria dos homens são ingratos e que seu esforço provavelmente não será valorizado. Ser voluntario implica ter paciência e retidão, pois todo voluntario sabe que o que gera resultados não é a força e sim a constância e que as mudanças ocorrem em doses homeopáticas, sendo assim quando decidimos ser voluntários decidimos ser pacientes. E se juntarmos isso tudo veremos que ser voluntario e seguir um exemplo de Cristo, pois Cristo deixou o Céu, para nascer em uma manjedoura e viveu sem nenhuma riqueza quantitativa($). Cristo sabia que seria crucificado e que todo seu esforço na humanização dos pequenos, juntamente com o esforço em sensibilizar os soberbos, não seria o bastante para gerar gratidão no coração de Israel. Cristo sabia que amar implica em ter paciência, pois Jesus andou 3 anos com um traidor sabendo que ele o trairia desde o inicio, e nem por isso deixou de ter paciência.

Mais ser voluntario e ser parecido com Cristo, principalmente, por que quando somos voluntários, despregamos de nos mesmos, falo isso, pois Cristo deixou de ser Deus como Deus para ser Deus como Homem, e quando teve esta atitude ele teve empatia, e a empatia trouxe a experiência de ser homem o que possibilitou Cristo ser o líder da redenção!! Sim !!! Afirmo isso sem medo, pois como posso falar algo que não vivi? Como posso julgar algo que não conheço? Então ser homem, fez de Jesus o sumo sacerdote.

Liderança é acima de tudo ter empatia, e ter empatia e abrir o caminho para conhecer aquele na qual você se coloca no lugar, e quando nos colocamos no lugar das pessoas podemos viver um pouco da experiência delas, e isso com certeza nos faz mais humanos. E quando nos tornamos mais humanos estamos perto de Cristo, pois o que fez de Cristo o homem mais divino na humanidade foi o fato dele ter sido o mais humano!

* Postado originalmente no dia 23 de março de 2009

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