junho 25, 2009

RIP King of Pop - Polêmico, mas fez a diferença!

1958-2009
E você o que fez? Até quando os seus atos serão lembrados? E os atos deles?
Será que daqui a 2000 anos alguem vai lembrar dele? E você será lembrado por algum motivo na próxima semana?

Seja o que ou como for, FAÇA A DIFERENÇA!

ps.: Disco mais vendido da história - Thrilher - Michael Jackson 1982 - 120 milhões de cópias vendidas no mundo. Eu acho que ele vai ser lembrado.

Charges que o povo gosta (3)


Personality goes a long way

por Renato Thibes
Sem querer apelar pra velha máxima do tiozão nostálgico ("no meu tempo era diferente") mas já apelando, eu devo dizer que tenho muito medo dessa nova geração que forma seu caráter e sua personalidade via internet.

Quando comecei a usar esse treco regularmente, eu já era "de maior". Teoricamente, eu já tinha uma base, uma bagagem, uma experiência de vida, por mais limitada que fosse. Eu fiz parte da última geração que aprendeu as vicissitudes da vida no modo offline.

Exemplos: eu já fazia top 100 filmes antes dos usuários do IMDb. Era um ranking mais puro, mais honesto. Era feito sem influência externa, de mim para mim mesmo, e não precisava ser compartilhado. Quando eu comecei a ouvir Bon Jovi era simplesmente porque eu gostava e nunca imaginei que passaria o resto da vida sendo hostilizado por ilustres desconhecidos por causa disso. Porque a opinião alheia simplesmente não importava. Agora pegue estes exemplos cinematográficos e musicais fúteis e aplique para todos os outros segmentos da vida.

Hoje tudo é compartilhado. Mesmo que você não perceba, recebe influências de todos os lados. Dos blogs que você lê aos amigos adicionados no Orkut. Todo mundo tem duas caras: o eu real e o eu virtual. O seu eu virtual pensa antes de escrever no MSN. O seu eu real fala besteira sem pensar. O seu eu virtual é um sedutor que envia flores e convida pra sair. O seu eu real engasga numa conversa de bar. O seu eu virtual lista escritores, músicos e cineastas preferidos. O seu eu real não abre um livro há dois anos, tem meia dúzia de CDs na prateleira e só viu um filme do Woody Allen na vida.

Por isso você sempre deve ficar com um pé atrás. Não confie em ninguém. Por trás de uma lista perfeita de escritores consagrados, existe uma pessoa insegura em busca de auto-afirmação e de amizades forçadas. Não se deixe enganar. Quem fajuta uma lista de filmes pode muito bem disfarçar o próprio caráter.

Virar fã de um artista no Facebook é fácil. Basta um clique. Eu respeito mesmo é quem tem uma história pra contar. "Eu gosto desse cantor porque meu pai ouvia quando eu era pequeno". Esse tipo de coisa. Dá um background para o personagem. A música preferida do pai da Scully é "Beyond the Sea", a música preferida da mãe do Maverick é "(Sittin' On) The Dock of the Bay". Esse tipo de informação demonstra que a pessoa tem um passado antes do filme começar. Ou antes da internet existir. Como eu sempre digo, a vida é um roteiro e você tem que seguir as regras pra não protagonizar um filme muito ruim.

Foi-se o tempo em que "fake profile" era um perfil falso com um nome qualquer e uma foto de outra pessoa. Esconder-se atrás de um apelido ou do anonimato é coisa de adolescente stalker. O grande problema do momento é você ter um perfil real, com seu nome de batismo e sua própria foto recém-tirada por sua novíssima câmera digital de 12 megapixels, e mesmo assim ser fake. Personalidade não é algo que se transmite pelo copy/paste.

Via Blog Registro Dissonante

junho 24, 2009

Charges que o povo gosta (2)

Enviado via email por Larissa Perdigão.

Jornalista por Formação


"Profissionais e estudantes de jornalismo caminharam pelas ruas do centro de Curitiba para protestar ."
Fonte: Yahoo

Charges que o povo gosta (1)


Via site acharge

Esta charge foi feita originalmente para o jornal diário da tarde

O salto existencial do pináculo

Por Daniel Grubba


Na segunda investida do tentador contra o Filho de Deus, o Salto do Pináculo foi apresentado como sendo o caminho mais fácil ao reconhecimento público. A proposta era simples e não envolvia a dor excruciante do caminho que o levaria ao Gólgota. Bastava Jesus saltar do ponto mais alto do templo que automaticamente os anjos lhe serviriam de "air-bag divino" conforme as escrituras prometiam, e deste modo, toda a multidão frequentadora do templo o elegeria como o Messias de Israel.

O que Satanás na verdade estava propondo era que Jesus promovesse em favor de sua popularidade um "Show da Fé". Era mais ou menos assim: esqueça a maldição da cruz, as vilas abandonadas da Galileia, o abandono do seu povo, familiares e amigos, não trilhe este caminho Jesus. Há um atalho mais fácil. Pule do lugar mais alto do Templo, promova um golpe publicitário no projeto de Deus, e você vai estourar a boca do balão!!!
Satanás pode não se apresentar de modo tão objetivo para nós como se apresentou a Jesus, mas seus ataques mentais continuam os mesmos. De semelhante modo, não existe mais o Templo de Salomão, mas lugares altos e auto-promoção continuam sendo oferecidos através da diabólica cultura que propaga a máxima "os fins justificam os meios".
O fato é que muitos indivíduos e instituições saltam cotidianamente do pináculo para chamar para si a gloria que é devida somente a Javé. Não é um salto literal, mas existencial. Ou seja, a existência é um constante saltar para se auto-vangloriar. E mais, a existência proposital de suas instituições religiosas se sustentam através do "sensacionalismo do milagre". Como disse Caio Fábio no ano de 1994, pré-anunciando a banalização do divino - "ao que parece, nestes dias, o marketing tomou o lugar da unção, do comprometimento e da vida séria com Jesus e com o Espírito Santo".
Isto posto, podemos dizer que o salto existencial do pináculo é a via do sucesso e engrandecimento que usa os dons, sinais e milagres de Deus para promover a si mesmo e a eficácia de sua instituição. O salto é dado quando alguém diz: "Vem e veja o que Deus faz aqui neste ministério, pois somente na Bíblia acontecia o que acontece aqui".
Em suma, o salto do pináculo é antítese da declaração do profeta João Batista - "importa que ele cresça e eu diminua".
"O evangelho é cruz e não pináculo. Não a substitua por ele. Nem a leve para lá. Assuma-a. Proclame-a. Cruz, e não pináculo" (Isaltino G. C. Filho)
Via Blog Soli Deo Gloria

junho 20, 2009

Stênio Marcius - O Tapeceiro

Psicóloga do RJ que promete curar homossexuais será julgada pelo Conselho de Psicologia

A psicóloga evangélica Rozangela Justino (foto) será julgada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) no dia 29 de maio por oferecer serviço de "cura" de homossexuais em seu consultório no Rio de Janeiro. Rozângela, que se declara "psicóloga missionária", também ministra palestras sobre o assunto. Tais atividades ferem normas do CFP, na medida em que desobece a resolução que estabelece como psicólogos devem atuar com relação à orientação sexual dos pacientes.
O Conselho estabelece que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão. E a resolução é clara em seu 4º artigo: "Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".
Em entrevista recente ao site SNN, Rozângela disse que atualmente há um trabalho para descontruir o valor moral do casamento hétero e incutir nas pessoas a ideia de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é algo natural.
Por seus posicionamentos homofóbicos, a psicóloga foi alvo de uma representação apresentada pela ABGLT junto ao Conselho Regional de Psicologia da 5ª. Região, no Rio de Janeiro. Além disso, Rozângela já recebeu o troféu Pau de Sebo, concedido pelo GGB a quem promove o preconceito contra homossexuais.

Via Blog Genizah
Fonte MixBrasil UOL

junho 19, 2009

O Bilhete

O marido estava sentado quieto lendo seu jornal quando sua mulher, furiosa,vem da cozinha e senta-lhe a frigideira na cabeça.Espantado, ele levanta e pergunta:
- Por que isso agora?
- Isso é pelo papelzinho que eu encontrei no bolso de sua calça com o nome Marylu e um número...
- Querida, lembra do dia em que fui na corrida de cavalos? Pois é... Marylu foi o cavalo em que eu apostei, e o número foi o quanto estavam pagando pela aposta!
Satisfeita, a mulher saiu pedindo 1001 desculpas.
Dias depois, lá estava ele novamente sentado, quando leva uma nova porrada, só que dessa vez com a panela de pressão.
Ainda mais espantado (e zonzo), ele pergunta:
- O que foi dessa vez, meu amor???
- Seu cavalo ligou...

Os filósofos e a crise

Por Leonardo Boff


Curiosamente, não são poucos os analistas, que vêem a crise atual para além de suas várias expressões (energética, alimentaria, climática, econômico-financeira) como uma crise da ética. A começar pela escassez do crêdito. Crêdito vem do latim credere que significa ter fé e confiança. Essa é uma atitude ética. Ninguém mais confia nos bancos, nas bolsas, nas medidas convencionais. A economia precisa de créditos para funcionar, quer dizer, as instituições e as pessoas precisam de meios nos quais possam confiar e que não sejam vítimas dos Madorffs que pecaram contra a confiança.
Mesmo que a crise demande um novo paradigma para ser sustentável a longo prazo, é urgente encontrar medidas imediatas para que todo o sistema não sossobre, levando tudo de roldão. Seria irresponsabilidade não tomar medidas ainda dentro do sistema, mesmo sem uma solução definitiva.
Vejo dois valores éticos fundamentais que devem estar presentes para que a situação encontre um equilíbrio aceitável. Dois filósofos alemães nos podem iluminar: Immanuel Kant (+1804) e Martin Buber (+1965). O primeiro se refere à boa-vontade incondicional e o segundo à importância da cooperação.
Diz Kant em sua Fundamentação para uma metafísica dos costumes (1785): “Não existe nada em nenhum lugar do mundo nem fora dele que possa ser considerado irrestritamente bom senão a boa vontade”. Que ele quer dizer com isso? A boa vontade é a única atitude que, por sua natureza, é somente boa e à qual não cabe nenhuma restrição. Ou a boa vontade é boa ou não há boa vontade. Ela é o pressuposto primeiro de toda ética. Se alguém desconfiar de tudo, se colocar tudo em dúvida, se não confiar mais em ninguém, não há como estabelecer uma base comum que permita a convivência entre os humanos.
Vale dizer: quando os G-7 e os G-20, a Comunidade Européia, o Mercosul, o BRIC e as articulações políticas, sindicais, sociais (penso no MST e na Via Campesina e outras) se encontrarem para pensar saídas para crise, deve-se pressupor em todos a boa vontade. Se alguém vai para a reunião para só garantir o seu, sem pensar no todo, acaba nem mais podendo garantir o seu, dado o entrelaçamento existente hoje de tudo com tudo. Repito uma velha metáfora: desta vez não há uma arca de Noé que salva alguns. Ou nos salvamos todos ou pereceremos todos.
Então, a boa-vontade, como valor universal, deve ser cobrada de todos. Caso contrario, não há como salvaguardar as condições ecológicas da reprodução da vida e assegurar razões para vivermos juntos. Na verdade, vivemos num estado de permanente guerra civil mundial. Com a boa vonade de todos podemos alcançar uma paz possível.
Não menos significativa é a contribuição do filósofo judeu-alemão Martin Buber. Em seu livro Eu-Tu de 1923 mostra a estrutura dialogal de toda existência humana pessoal e social. É a partir do tu que o eu se constitui. O “nós” surge pela interação do eu e do tu na medida em que reforçam o diálogo entre si e se abrem a todos os demais outros, até ao totalmente Outro.
Paradigmática é esta sua afirmação: “se vivermos um ao lado do outro (nebeneinander) e não um junto com o outro (miteinander), acabaremos ficando um contra o outro (gegeneinander).
Isso se aplica à situação atual. Nenhum pais pode tomar medidas político-econômicas ao lado dos outros, sem estar junto com os outros. Acabará ficando contra os outros. Ou todos colaboram para uma solução includente ou não haverá solução para ninguém. A crise se aprofundará e acabará em tragédia coletiva. O protecionismo é o maior risco porque provoca conflitos e, em último termo, a guerra. Não poderá ser mundial porque ai sim seria o fim da espécie humana, só regional, mas devastadora. A crise de 1929, mal digerida, ocasionou o nazifacismo e a eclosão da segunda guerra mundial. Não podemos repetir semelhante tragédia.
Via site: Leonardo Boff

junho 16, 2009

Tem que dar certo?

Por Ricardo Gondim


Eu já cantei “vai dar tudo certo, em nome de Jesus”. Em minhas palestras e sermões, antecipei grandes reviravoltas na vida de meus ouvintes. Mas, com o passar do tempo, percebi que apesar de toda a minha boa vontade, tais guinadas não aconteciam com a frequência que eu desejava. Nem tudo dava certo! Alguns amigos agonizaram, carcomidos de câncer. Outros foram à bancarrota. Não vou nem mencionar os casamentos que celebrei e que terminaram em divórcio. Confesso minha infantilidade: repeti jargões ufanistas, sem critério. Pior, capitalizei em cima de ilusões.
Percebo que não estou só. Políticos, conferencistas motivacionais, assim como líderes religiosos, adoram repetir frases de efeito - que, na verdade, só servem para fortalecê-los. Infelizmente, as consequências são desastrosas. Mulheres azedaram na vida porque alguém prometeu que Deus (ou Santo Antônio) traria um marido “no tempo certo”. Empresários se desesperaram porque alguém assegurou que “o Senhor não permite que seus filhos fracassem nos negócios”. Pais e mães perderam a fé porque jamais cogitaram que um câncer “seria permitido” em uma família piedosa e obediente.
É comum ver pessoas acorrentadas a promessas que “um dia vão chegar” - mas que não chegam nunca; ver pessoas atribuindo aos “paradoxos” e aos “mistérios insondáveis da eternidade”, os contratempos que a vida impõe. Nada como o dia a dia para arrasar com os discursos triunfalistas. Crianças agonizam com diarréia nas favelas; faltam ambulâncias nas periferias para salvar os infartados; professores de escola pública recebem uma ninharia no perpétuo ciclo ignorância-desemprego-miséria. Quem ganha? As revistas de fofoca com seus conselhos de auto-ajuda, os televangelistas e as religiões pequeno burguesas. Nos arroubos de vitória, as relações utilitárias com a Divindade prosseguem intocadas e os cantores gospel faturam bem.
Reconheçamos: a vida de muitos simplesmente não vai dar certo. A estrutura econômica assimétrica não permite que multidões subam a escadaria da inclusão social. Os oligarcas não vão abrir mão de seus benefícios (veja a miséria do Maranhão, feudo de uma família poderosa). Muitos não vão entrar na terra prometida; homens adoecerão sem conseguir recuperar suas empresas; mulheres não vão sair do lugarejo que lhes asfixia; rapazes, que sonhavam em jogar futebol na Europa, terão que se contentar com o saláro de balconista.
Não se deve desprezar a realidade em nome da esperança. Não se deve negligenciar as amarras sociais em nome das promessas de Deus. Não se deve perpetuar fantasias em nome do otimismo. Sou pastor, pregador e conferencista, mas não tenho o direito de me descolar da existência concreta que as pessoas enfrentam todos os dias.
Por isso, assumo um compromisso com a verdade. Obrigo-me não à verdade metafísica, absoluta, da religião ou da filosofia. Estou abraçado à verdade que o cotidiano impõe. Acredito que só promoverei a liberdade se ensinar o meu próximo a olhar a realidade sem enganos. – “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!”.
Soli Deo Gloria.
Via site : Ricardo Gondim

junho 12, 2009

Feliz dia dos Namorados!!

ANTES DE AMAR-TE
Pablo Neruda


Antes de amar-te, amor,
nada era meu:
vacilei pelas ruas
e coisas:
nada contava,
nem tinha nome:
o mundo era
do ar que esperava.

E conheci salões cinzentos,
túneis habitados pela lua,
hangares cruéis que se despediam,
perguntas que
insistiam na areia.

Tudo estava vazio,morto e mudo,
caído, abandonado e decaído,
tudo era inalienavelmente alheio,
tudo era dos outros e de ninguém,
até que tua luz, teu sorriso
encheram minha alma.

Nomes e prenomes tive
beijos, caricias e
carinhos me deste,
e tua beleza e tua
pobreza de dádivas
encheram meu outono,
meu inverno,
minha primavera,
meu verão

e agora,

sem o outono de volta...

Silvestre Kuhlmman - Ninguém mais fala do amor

junho 10, 2009

A vida

Por Ricardo Gondim

A vida é emoção. Apaixonados, lutamos contra os dias que escorrem como água entre os dedos. Imprecisa, não-evidente, enviesada, carente de construção, a vida espera ser talhada por artesãos. No caldo da angústia universal, confia que alquimistas transformarão atrevimento em circunspeção. Quer converter Valquírias em Marias, bárbaros em samaritanos.

A vida é mistério. De onde vem o sentimento de beleza? Por que entesouramos os instantes delicados do passado? Por que a morte desfigura e esfumaça os olhos? Para onde se expande a margem extrema do universo? Que mecanismo impede a mente de ressentir dores? Por que nos vemos como outra pessoa nos sonhos, mas sempre sendo nós?

Infelizmente começamos com afirmações e esquecemos as perguntas. Não transformamos os pontos de interrogação em lupas. Presunçosos, não carregamos o pente fino da dúvida no bolso do colete. Cegos, temos medo das aporias. Desistimos dos porquês infantis e ficamos com as certezas que nos entorpecem.

A vida é triste. Agonizamos com a lama burocrática que encobre o vilarejo pobre. Impotentes, tentamos resistir o mal sistêmico que prescinde das pessoas. Não entendemos como as elites conseguiram inventara o motor-contínuo para energizar a máquina da injustiça. Perdidos, procuramos fazer com que bondade e misericórdia não desapareçam do vocabulário religioso. Abatidos, vemos a sordidez sentar na cadeira da polidez. A implacabilidade ganhar da bondade. A ambigüidade moral amordaçar a solidariedade.

A vida é bela - e sempre desejável, dizia o poeta. O dilúvio não descolore a aquarela que se refrata na neblina. Homens e mulheres continuam a esperar por um novo céu e uma nova terra, onde crianças brincam com serpentes. Percebemos o divino no bailar da folha enamorada do vento. Celebramos a formosura de viver no ancião que planta uma árvore, na mãe que ensina a filha surda a falar com as mãos, no menino que, na capoeira, faz da luta uma dança.

A vida é trágica. Subimos no palco sem roteiro. Não passamos de atores sem texto para decorar. Personagens que atuam sem noção do instante que as cortinas descerão. Contracenamos com gente que acabamos de encontrar. Vez por outra escutamos apupos e procuramos as máscaras sorridentes, que disfarçam os constrangimentos. Sem coxia, não temos para onde correr. Assumimos diferentes papeis mesmo sabendo que a tragédia é inevitável. Sofremos. Quando nos acostumamos com os holofotes, o diretor grita: acabou o espetáculo.

Soli Deo Gloria

Via site Ricardo Gondim

Billie Holiday e o estranho fruto sangrento do sul

Por Clarissa Passos

Em 1939, Billie Holiday lançou uma música de nome esquisito: “Strange Fruit”, ou “Fruto Estranho”, falava das estranhas frutas que pendiam dos álamos do sul, corpos negros e o cheiro de sangue no ar.
“Southern trees bear strange fruit,Blood on the leaves and blood at the root,Black bodies swinging in the southern breeze,Strange fruit hanging from the poplar trees.
Pastoral scene of the gallant south,The bulging eyes and the twisted mouth,Scent of magnolias, sweet and fresh,Then the sudden smell of burning flesh.
Here is fruit for the crows to pluck,For the rain to gather, for the wind to suck,For the sun to rot, for the trees to drop,Here is a strange and bitter crop”
“As árvores do sul dão um estranho fruto,Sangue nas folhas e sangue na raiz,Corpos negros balançando à brisa do sul,Estranhos frutos pendurados nos álamos
Cena pastoral e galante sulista,Os olhos saltados e a boca torcida,Perfume de magnólias, doce e fresco,E então o repentino cheiro de carne queimando.
Aqui está a fruta para os corvos depenarem,Para a chuva enrugar, para o vento sugar,Para o sol apodrecer, para as árvores derrubarem,Esta é uma estranha e amarga colheita”.
Tá, todo esse papo poderia ser o fruto (estranho) da imaginação de um diretor de filme de terror. Mas o pior é que, embora soe como um cenário fictício, os versos foram escritos por um professor judeu e eram inspirados na mais pura verdade.
Ok, mas como um professor judeu e branco do Bronx emplacou a autoria do maior sucesso de Billie Holiday, que é também um dos hinos contra o racismo — e a primeira música a se posicionar contra a discriminação? Certo, vamos chegar lá. Mas vamos contar essa história de trás para a frente.
Em 1939, Billie Holiday teve um pequeno conflito com sua gravadora, a Columbia, porque queria gravar uma canção composta por um tal Lewis Allan. Depois de muita discussão, ficou decidido que a já aclamada cantora obteria uma licença para gravar a tal música em outra gravadora, a pequena Commodore - cujo dono, Milt Gabler, começou a chorar feito criança depois que Billie cantou para ele uma versão acapella da música.
No mesmo ano, em um compacto 78 rpm, saía “Strange Fruit”. A música fez um sucesso estrondoso; era o ponto alto (e final) dos shows de Lady Day. Todas as luzes se apagavam e apenas um foco de luz era aceso sobre a cantora; daí ela desfiava os versos tristes sobre aquele cenário de horror no sul. Dá uma olhada como era:


E os versos ficam mais tristes ainda quando sabemos que a canção, composta por Abel Meerpool (o professor judeu que usou o pseudônimo de Lewis Allan), foi inspirada por uma fotografia chocante, muito chocante.

Tá pronto para vê-la?
...


A foto acima não saiu de nenhum filme de terror. É real e foi tirada em 7 de abril de 1930, quando uma multidão linchou Thomas Shipp e Abram Smith, ambos de 19 anos, em Indiana - e por pouco não pegou um terceiro rapaz, chamado James Herbert Cameron, 16. Os três, negros, foram acusados de roubar e matar um homem branco e estuprar a namorada dele. Antes que recebessem um julgamento, foram mortos e pendurados pela multidão.
Os linchamentos eram bem comuns em certas áreas dos Estados Unidos desta época - especialmente de homens negros acusados — ou não — de crimes contra brancos. Também eram usados como uma forma de amedrontar os negros e mantê-los longe das urnas e de qualquer exercício de seus (poucos) direitos de cidadãos. Depois que o fotógrafo Lawrence Beitler registrou a cena que inspirou a música “Strange Fruit” (e vendeu milhares de cópias desta mesma fotografia que você viu aí em cima, a 50 centavos de dólar cada), no entanto, eles deixaram de acontecer. Terá sido o impacto da música?
Epílogo
James Cameron escapou vivo, escreveu a auto-biografia “Time of Terror: A Survivor’s Story” (“Tempo de Terror: a História de um Sobrevivente”) e fundou o Museu Americano do Holocausto Negro, que, nas palavras do próprio site da instituição, se propõe a “educar o público sobre as injustiças sofridas por pessoas de ascendência negra, além de proporcionar aos visitantes uma oportunidade de repensar suas suposições sobre raça e racismo”.
E você, está bem educado sobre isso?

Fonte: multidisciplinar

'Dalai Lama da floresta' fará discurso no parlamento britânico

Davi Yanomami falará sobre problemas ambientais no Brasil.
Líder indígena diz que seu povo sofre com invasão de garimpeiros.

O líder indígena brasileiro Davi Yanomami fará um discurso no parlamento britânico nesta quarta-feira (10). Ele falará sobre os problemas ambientais enfrentados por seu povo no Brasil. “Continuamos brigando com os brancos, garimpeiros, madeireiros e políticos que sempre mexem conosco”, disse Davi em entrevista à rádio CBN na manhã desta terça-feira (9).

Apelidado pela imprensa internacional de “Dalai Lama da floresta”, Yanomami faz uma jornada pela Europa. Há uma semana, ele recebeu um prêmio em Madri por sua atuação na proteção dos direitos indígenas. A viagem é organizada pelo governo espanhol e pela ONG inglesa Survival International.

Questionado sobre o porquê de falar a um parlamento europeu e não ao Congresso brasileiro, o indígena foi taxativo. “O Parlamento Inglês me convidou. Ao parlamento brasileiro não interessa chamar indígenas que lutam.”

Ele também contou que doenças continuam sendo trazidas por garimpeiros, colocando o seu povo em risco. “O nosso governo não está conseguindo melhorar a qualidade da saúde do povo indígena no Brasil. A terra foi marcada, homologada, registrada, e os garimperos estão invadindo outra vez e trazendo doenças, como aconteceu em 1986 e 1987”, afirmou.

Na década de 1980, milhares de garimpeiros invadiram a terra Yanomami, que fica entre os estados de Roraima e Amazonas, na divisa com a Venezuela. Por não terem anticorpos contra doenças simples, como a gripe, milhares de índios morreram.

Fonte: Globo Amazônia.

junho 08, 2009

Separados no Nascimento



Revolução na evolução

Por Leonardo Boff



Para o cristianismo a cruz e a morte da sexta-feira santa não são a última palavra. A palavra derradeira que o Criador pronunciou sobre o destino humano é ressurreição. Por isso, a festa central do Cristisnianismo não é o Natal que celebra o nascimento do Libertador das gentes nem a Sexta-feira Santa que comemora o martírio do Messias. Se ele, após a crucificação, não tivesse ressuscitado, estaria seguramente no panteão dos heróis da humanidade, mas não teria uma comunidade que lhe guardaria a memória sagrada. Mas ele ressuscitou. Em razão disso, o Cristianismo não celebra uma saudade do passado, mas festeja uma presença no presente.

O que o Cristianismo tem a oferecer à humanidade se globalizando é fundamentalmente isso: a promessa de ressurreição para toda a carne, para cada pessoa e para a inteira criação. Quem não quer viver sempre e plenamente?

Mas importa compreender bem o que se entende por ressurreição se quisermos captar sua relevância universal.

Antes de mais nada, cabe lamentar que ela foi cedo abandonada como eixo estruturador da fé cristã. Em seu lugar entrou o tema platônico da imortalidade da alma. A ressurreição foi relegada para o fim do mundo e não para acontecer já na morte como era a convicção da Igreja dos primórdios. Como ninguém sabe quando este fim do mundo vem, a ressurreição não representa um elemento esperançador da vida. Por isso que muitos cristãos, ainda hoje, vivem tristes como se fossem ao prório enterro.

Ademais, a ressurreição não é sinônimo de reanimação de um cadáver como o de Lázaro. Lázaro voltou à vida que tinha antes. Ora, esta vida é mortal, pois vamos morrendo em prestações, até acabar de morrer. A reanimação do cadáver não nos liberta da morte. Lázaro morreu de novo e foi sepultado definitivamente. E lá ficou.

Ressurreição significa bem outra coisa. É a entronização de alguém numa ordem tal de vida que esta não tem mais nenhuma entropia, nenhuma necessidade de morrer É uma vida tão inteira que exclui a realidade da morte. Portanto, é a realização da utopia de uma vida sem fim e absolutamente realizada. Tal evento benaventurado só é possível à condição de o processo evolucionário ter chegado à sua culminância, quando todas as potencialidades do ser humano se tiverem absolutamente realizado. Representa, pois, uma revolução na evolução. Daí implode e explode o ser novo que vinha embrionariamente se formando ao longo dos bilhões e bilhões de anos, até fechar o seu ciclo de realizações.

Quando se fala assim de ressurreição se acredita que tal singularidade ocorreu em Jesus. A grama não cresceu sobre sua sepultura. Ela ficou aberta para proclamar o fato mais decisivo do universo: a superação da morte, mais ainda, a possibilidade real de transformação da utopia em topia dentro do horizonte cósmico e histórico, o triunfo da vida.

Que faz, concretamente, a ressurreição? Realizar plenamente nossa essência que consiste em sermos um nó de relação e de comunicação para todos os lados. A ressurreição suprime os limites de realização espácio-temporal desse nosso nó, potenciando-o ao infinito. O corpo ressuscitado vira pura comunicação e ganha uma dimensão igual a do cosmos. Por isso o corpo ressuscitado enche todo o universo e ocupa todos os lugares.

Pelo espírito estamos na lua, no sol, nas galáxias mais distantes, estamos em Deus. Mas nosso corpo não consegue acompanhar o espírito. Fica enraizado no espaço e no tempo, agrilhoado ao sistema da matéria. Voando à velocidade da luz precisamos de 8 segundos para chegar até o sol e três anos luz, à estrela mais próxima de nós, a Alfa do Centauro. O corpo ressuscitado supera a velocidade da luz. Ele está imediatamente lá onde está o nosso desejo.

O corpo assume as características do espírito e o espírito aquelas do corpo. Não deixamos o mundo. Mas penetramos mais profundamente no coração do mundo até aquele ponto onde tudo é um e para onde tudo converge na diferença.

A humanidade que está em Jesus está também em cada um de nós. Se nele se verificou tal evento de bem-aventurança é sinal que vai acontecer também em nós. Ele é apenas o primeiro entre muitos irmãos e irmãs, como atesta São Paulo. Todos nós o seguiremos e, do nosso jeito singular, ressuscitaremos também como ele na morte.

A humanidade que está em Jesus está também em cada um de nós. Se nele se verificou tal evento de bem-aventurança é sinal que vai acontecer também em nós. Ele é apenas o primeiro entre muitos irmãos e irmãs, como atesta São Paulo. Todos nós o seguiremos e, do nosso jeito singular, ressuscitaremos também como ele na morte.

Via site Leonardo Boff

As CNTP da religião.

Por Ricardo Gondim


Guardei muito pouco das aulas de ciência no ginásio. Suei em decorar fórmulas, multipliquei números gigantescos para quase nada. Pouco ficou, mas recordo-me, para determinadas fórmulas químicas e exercícios teóricos de física precisávamos da sigla CNTP ou “Condições Normais de Temperatura e Pressão”; significando que aquela proposição científica só funcionava nas CNTP; ou em outras palavras, em condições ideais.
Portanto, descobri cedo que condições ótimas só existem, de verdade, em tese. CNTP funcionam no laboratório, em ambientes controlados ou idealizados pelo cientista; e só para comprovar uma hipótese já que qualquer alteração, por menor que seja, altera o resultado da experiência.
Viver é arriscado. Imprevistos e perigos, dor e angústia, sofrimento e injustiça, rondam a existência. Seria fantástico viver em um mundo em “condições normais de temperatura e pressão”. Por isso, garimpamos as varinhas de condão, as lâmpadas dos gênios, os ideais políticos, os abracadras, as preces. Sonhamos em criar um mundo que funcione com a precisão dos relógios suíços.
Desejamos viajar sempre em céu de brigadeiro. Também seduzidos por um mar de almirante, tentamos recriar o universo. Acreditamos que existe a possibilidade de eliminar os riscos. Oramos pedindo a proteção divina para sermos blindados contra as ameaças da vida. Imaginamos que se pedirmos, e não tivermos nenhum pecado, jamais seremos surpreendidos por acidentes. Esperamos que Deus nos poupe de pneus furados, de motoristas incautos ou de buracos no asfalto.
Tolamente aguardamos o dia em que o mundo estará sob controle absoluto. Só que esse dia nunca chegou e acabamos vergados de culpa. “O que fiz de errado para que meu filho morresse?”, perguntou-me um pastor, recentemente. “Por que as coisas nunca dão certo para mim?”, é o e-mail mais repetido em minha caixa de mensagens.
Cristo não dourou a pílula e jamais iludiu os seus discípulos porque sua mensagem não era religiosa. Ele nunca prometeu que traria a vida das pessoas debaixo de CNTP. Pelo contrário, disse que os enviava como ovelhas para o meio de lobos, que as tempestades açoitam a casa dos que ouvem e guardam a sua palavra, e que o mundo dos seus seguidores seria cheio de aflições. Ora, ele viveu sem parapeitos, sem redomas, sem proteção angelical. Por que seus servos reivindicariam qualquer blindagem celestial?
Ouso redefinir fé. Fé não significa esperar ser possível antecipar-se às contingências da vida. Fé é coragem de acreditar que os valores, princípios e verdades propostos por Jesus de Nazaré são suficientes para enfrentar a vida com tudo o que ela trouxer, de bom e de ruim.
Religião tem a ver com segurança, com a possibilidade de encaixar o mundo na lógica da causa e do efeito. Os cultos, as penitências, as orações, visam tão somente engrenar as circunstâncias e dar aos fiéis a sensação de viverem nas CNTP. Ledo engano! Logo a bolha estoura. Com as doenças, os acidentes, os imprevistos, a própria morte, chega a decepção. E o pior desapontamento é religioso. Os decepcionados com Deus experimentam o inferno. (Jesus advertiu que prosélitos religiosos são condenados a um duplo inferno).
O amor não antecipa a ordem. Quem ama sabe que a desordem será possível. Deus não deseja que seus filhos vivam com a ilusão de que serão escudados. Pois para que isso acontecesse, ele precisaria encabrestar a história, o dia a dia e até o porvir. Um mundo indolor teria que ser um mundo sem liberdade. E sem liberdade não existe amor - acontece que Deus é amor.
Portanto, a promessa divina não nos resguarda do mundo. Sem alucinações, Deus nos acompanha na deliciosa e perigosa aventura de viver.

Soli Deo Gloria.

junho 05, 2009

Buscai primeiro as outras coisas e o reino de Deus ...(9)



Agora sim!!!

Se você andava tristonho pois não recebia o dom de línguas!
Seus problemas acabaram!!!!
Chegou o curso ...
Como falar em línguas com o padre Jonas Abib!!!
Assista as lições e saia agora mesmo com este dom "divino" !!!

Via Blog Púlpito Cristão

junho 04, 2009

Turma do Chaves hein... Chuta que é laço!

SEM DEUS NÃO HÁ ÉTICA!

Por Caio Fábio


Só há ética se há Deus. E se há Deus tudo o que Ele pede passa a ser ético, pois, sem Ele não há ética. Portanto, se Deus é amor, Deus é também ética. Assim, toda obediência da fé àquilo que Deus pede, é ético, mesmo que os sentidos humanos não possam assim entender o ato! Desse modo, Abraão cala a boca de todos, visto que, pelo ato-objetivo ele não era diferente dos demais. Ele torna-se o pai da fé pelo simples fato de ter obedecido em fé aquilo contra o que todo o seu ser se rebelava. Sua fé vence sua rebelião, mas é por existir uma rebelião-angustia na obediência da fé, que Abraão é um ser ético e diferente dos demais. Ele crê contra o desejo! E esta é a razão de eu dizer que a fé carrega em si a ética que relativiza todas as éticas objetivas; do contrario, Abraão não pode ser visto diferentemente de Manasses, que imolava seus filhos nos altares de Baal e Moloque. O louco pratica sem fé a loucura. O homem da fé é capaz da loucura, mas somente como expressão de fé-ética, pois, só será fé se for uma resposta à Palavra de Deus, mesmo que esta chegue aos sentidos como loucura. A implicação disso é que a verdadeira ética nem sempre se manifesta como ato-objetivo, mas nunca será ética se não nascer como ato-subjetivo da fé. Assim, Abraão é também o pai da fética! No fim de tudo, sempre se ouve: “Se eu não tiver amor nada disso me aproveitará”. Fé, esperança e amor são apenas separáveis nos livros de teologia, mas nunca diante de Deus! porém, o maior destes, é o amor!

Site Caio Fábio

Buscai primeiro as outras coisas e o reino de Deus ... (8)



Sabonete de Arruda! Outra coisa nova para mim.
Uma espécie Macumba Gospel Trash!!!
rs rs rs

Fonte: Soli Deo Gloria

junho 03, 2009

Para refletir...


"É melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão."

Confúcio

SANTARADOS OU SANTIFICADOS?

Por Caio Fábio


Leia Cl 2: 8-9.

Leu?

Veja que é digna de nota a seguinte contradição: “o mundo jaz no maligno”, e, os cristãos se entregam “aos rudimentos do mundo” como se isto fosse a “santificação”.

Buscam santificar-se no ascetismo santarado e não percebem que se utilizam de uma valor mundano— a Moral e seus derivados, que, de acordo com Paulo, são rudimentos do mundo— a fim de se tornarem santos de fora para dentro, numa espécie de pavlovianismo religioso. Essa santificação até ratinhos de laboratório aprendem!

Não é santificação, é apenas condicionamento comportamental!

O Porão do Ser, todavia, adoece e o maligno se instala cada vez mais profundamente nele, gerando lascívia, disputas, facções, invejas, juízos, medos e antagonismo ao diferente-feliz!

Quem discordar de Paulo, me escreva!

Nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade!

Via site Caio Fábio

junho 02, 2009

Professores de Ética!

Por Frei Betto


É tautológico falar em falta de ética no Congresso Nacional. Os escândalos se sucedem, do deputado que está “ se lixando” para a opinião pública aos funcionários do Senado que, a exemplo de notórios senadores, ostentam um padrão de vida muito superior a seus vencimentos e à renda declarada.

Felizmente há exceções. Lástima que a indignação e o protesto de parlamentares íntegros tenham pouca ressonância nas ruas. Em geral, noticiam-se farra de passagens aéreas, castelos mirabolantes, mansões paradisíacas. Poucos tomam conhecimento da coerência de parlamentares incorruptíveis, incapazes, inclusive, de aceitar caixa dois em suas campanhas eleitorais.

A corrupção decorre da falta de caráter. Esta se manifesta, de modo especial, quando a pessoa se vê investida de uma função de poder, do policial que extorque o comerciante ou do delegado que embolsa pagamento de fianças ao empresário que suborna o funcionário público para obter licitações fajutas; do prefeito que se apropria dos recursos da merenda escolar a parlamentares que se julgam no direito de pagar, com dinheiro público, o salário de sua empregada doméstica.

Como dar um basta em tanta maracutaia? Difícil. O ser humano padece de duas limitações insuperáveis: defeito de fabricação e prazo de validade. É o que a Bíblia chama de “pecado original”. Sempre haverá homens e mulheres desprovidos de caráter, de princípios éticos, dispostos a não perder a primeira oportunidade de enriquecimento ilícito. A solução não reside no cultivo das virtudes, que tem sua importância. Fosse assim, os colégios religiosos, onde estudaram Collor e Maluf, seriam fábricas de anjos.

A solução é criar, via profunda reforma política, instituições que inibam os corruptos e mecanismos de controle popular. Em suma, tornar a nossa democracia, meramente delegativa, mais representativa e, sobretudo, participativa.

Enquanto a solução não aparece, sugiro que convidem, para ministrar um curso de ética no Congresso Nacional, Suas Excelências José Gomes da Costa, Rodrigo Botelho, Francisco Basílio Cavalcanti, Clélia Machado, Sebastião Breta e Fagner Tamborim.

O que essas pessoas fizeram não deveria ser considerado extraordinário. No entanto, frente aos casuísmos, ao nepotismo, à malversação, ao cinismo de parlamentares tentando justificar o injustificável, convém propalar o exemplo desses professores de ética.

José Gomes da Costa é gari da prefeitura de São Paulo. Ganha R$ 600 por mês. Vinte e seis vezes menos que um deputado federal. Com este salário, sustenta a si e três filhos. Dia 18 de maio último, ao varrer a rua, encontrou um cheque do Banco do Brasil no valor de R$ 2.514,95. José precisaria trabalhar quatro meses, sem nenhuma despesa, para acumular esta quantia. Procurou uma agencia do banco e devolveu o cheque. Motivo: vergonha na cara.

Gari, Rodrigo Botelho encontrou, em 26 de maio de 2008, durante Campeonato Mundial de Tênis de Mesa, no Rio, mochila com R$ 3 mil em dinheiro. Viu o nome do dono nos documentos, chamou-o pelo microfone e devolveu. Rodrigo é normal, tem caráter.

Francisco Basílio Cavalcante, faxineiro do aeroporto de Brasília, pai de 5 filhos, ganha salário mínimo. No dia 10 de março de 2004, encontrou uma bolsa de couro no banheiro do aeroporto. Dentro, US$ 10 mil e um passaporte. Se fosse juntar o salário que ganha, sem gastar um só centavo, levaria 3 anos e 4 meses para obter igual soma.

Francisco declarou: “Tem que ser assim. O que não é nosso precisa ser devolvido. Um dinheiro que não é da gente não pode ser do bem. Não pode trazer felicidade”.

Clélia Machado, 29, é auxiliar de serviços gerais e faz bico como manicure. Sozinha, cria duas filhas, uma de 7 anos, outra de 9. Sua renda mensal não chega a R$ 550. Todos os dias ela faz a faxina do banheiro do posto da Polícia Rodoviária Federal em Seberi (RS), onde trabalha há três anos. A 11 de março de 2008, encontrou, junto à privada, um pé de meia enrolado em papel higiênico. Dentro, US$ 6.715.

Clélia entregou os dólares aos policiais. Entrevistada, declarou: “Bem que podia ser meu de verdade. Mas já que não me pertencia, devolvi na hora. Era o certo a fazer.”

O gari Sebastião Breta, 43, da prefeitura de Cariacica (ES), devolveu os R$ 12.366 mil que achou num malote no lixo. O nome do homem que fora roubado estava gravado numa etiqueta. Sebastião ganha salário mínimo.

Indagado se pensou em ficar com o dinheiro, disse: “Nunca. Desde a primeira vez que vi sabia que devia devolver. Quando não consigo pagar as minhas contas fico doido, pensava o tempo todo como estaria o dono do dinheiro, imaginava que ele também não podia pagar suas contas porque tinha perdido tudo. Eu e minha mulher não conseguiríamos dormir à noite. Acho esquisito pegar o que é da gente”.

Fagner Tamborim, 17 anos, entregador de jornais na cidade de Pirajuí, a 398 km de São Paulo, ganha R$ 90 por mês. Enquanto pedalava sua bicicleta, encontrou na rua um malote com R$ 6 mil. Devolveu-o ao dono. “Vi que tinha muito dinheiro e cheques. Levei pra minha mãe, que ligou para o banco.”

O melhor do Brasil é o brasileiro, não necessariamente nossos parlamentares.

Fonte: Editora Opet

junho 01, 2009

Satisfação / Compaixão

Quantas vezes você procurou saber sobre tragédia com o voo AF 447 da Airfrance, hoje?

Tirinha: Um Sábado Qualquer

Gerador de prazer e compaixão: G1

Pai Edir – Traz a riqueza perdida em sete elos.

Por Thiago Ferreira


Em conversa com meu pai há duas semanas, fiquei chocado com o relato de um caso que foi presenciado pelo mesmo na cidade de Ouro Preto em Minas.

Em uma viagem a trabalho uma senhora funcionaria do hotel onde ele se hospedou o identificou como evangélico e pediu que ele orasse por ela, pois seu filho se encontrava com grandes dificuldades.

Ela disse que seu filho começara a freqüentar a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), e que após ter se tornado membro da Igreja, começou a ter atitudes estranhas. Ela disse que ele começou a vender as coisas em sua casa campanha após campanha. Começou com pequenos bens, depois passou para os eletrodomésticos, até que por fim retirou da poupança conjunta com a esposa o valor de oito mil reais que era a economia de anos do casal, e ofertou em uma dessas campanhas da fogueira “santa” de Israel. Como conseqüência veio à separação, o fim de um casamento de anos.

A mistura de rituais, acompanhada de uma sedução que tem como objeto a própria ganância humana, resultou em um rapaz sem nada. Sem eletrodomésticos, sem família e sem moral, mas que tem uma mãe desesperada em buscar, em qualquer pessoa que vê como evangélico força e fé para lutar por seu filho.

Questiono-me quanto o papel dos evangélicos nesta história toda. Era parte do ministério de Cristo a denúncia. Jesus por diversas vezes confrontou os fariseus por suas vãs doutrinas e por seu comércio espiritual. O episódio mais conhecido de tal óptica do ministério de Cristo, é quando ele entra no templo e ali expulsa todos os que por lá comercializavam. O comércio era de animais e acima de tudo de caráter, pois os cordeiros vendidos ali era o objeto de confissão de pecado daquelas que os comprava. Pense comigo... Quando chegava a época da páscoa, todos os judeus escolhiam o seu melhor animal e seguia para Jerusalém para sacrificar em busca de remissão. Naquela época do ano, quando um cidadão saía com um carneiro todos logo sabiam que ele havia pecado, e ali eram confessos perante os homens os seus pecados. Quando Jesus com chicote pôs todo mundo para correr, acredito que o que mais o incomodava era a dissimulação de tal barganha.

A IURD vende uma suposta prosperidade como sendo o reino de Deus, explora pessoas mentalmente fragilizadas, e quase não há barulho. Precisamos acordar para essa situação, existem pessoas tendo suas vidas destruídas por tais mercadores da fé, na qual colocam sobre elas um jugo que elas mesmas não carregam.

Não acredito muito na possibilidade de Edir e seus camaradas de ir à outra denominação doar toda a sua poupança em qualquer campanha que seja. Não acredito muito que ele seria capaz de vender todas as suas ações da Record para ajudar os necessitados.Doar tudo vale para quem vai à IURD em uma campanha dessas, mais não vale para os que fomentam tal campanha.

Outra questão que vale ser ressaltada é; “até que ponto a Record existiria sem a IURD?”. Para mim isto tudo é uma grande confusão, não consigo identificar em que ponto Edir deixou de ser pastor para se tornar mega empresário.

Precisamos defender os pequeninos destes lobos. Aqui coloquei apenas um relato da destruição e exploração que tais mercadores da fé fizeram sobre a vida de um jovem, agora imagine quantos mais tem por ai, gente que tem perdido tudo, que tem perdido seus bens, sua moral, sua sanidade na fogueira “santa”, acreditando que em sete elos a riqueza perdida batera em sua porta.

Oro por estas pessoas, oro por uma geração que saia de suas casas com chicotes e entre nos modernos templos jogando para o alto todo tipo de barganha.

Queda - AF447 / Airfrance


Desapareceu na madrugada de segunda feira um avião da Airfrance, modelo A330, voo AF 447 com 216 passageiros e 12 tripulantes à bordo.

Leia mais no G1.

Notícias do Possível Front (3)

"O secretário afirmou que os EUA responderão se as ambições nucleares da Coreia do Norte chegarem a representar uma ameaça para seu país ou seus aliados na Ásia, em alusão à Coreia do Sul e Japão. "
Fonte: G1


Vamos deixar de hipocrisia, todos estamos esperando o USA fazer o seu papel de Senhor da Guerra e invadir loga a Coreia.